segunda-feira, 8 de junho de 2009

Iluminismo: A Revolução das Luzes



O século XVII, também chamado de o Grande Século. teve nomes ilustres, como Galileu, Francis Bacon, John Locke, Descartes, Hobbes e Newton, na filosofia e nas ciências. No plano político, sem dúvida, o acontecimento mais importante foi a vitória da Revolução Gloriosa, na Inglaterra, em 1689.

Todo esse processo foi acelerado pela chamada Revolução Científica, que estabeleceu o método científico ( baseado na observação e na experimentação) como instrumento para desvendar os segredos da natureza. Novas descobertas acenderam a imaginação de homens e mulheres e a razão passou a disputar o lugar até então ocupado pelo pensamento religioso.
O uso da razão era visto como uma possibilidade universal, ou seja, toda a humanidade poderia utilizá-la para compreender melhor o universo.

A Revolução Inglesa do século XVII e a Revolução Industrial do século XVIII foram conduzidas pela burguesia inglesa. O obejetivo desses movimentos revolucionários era destruir as estruturas econômicas, sociais e políticas que sustentavam o Antigo Regime, tais como o direito divino dos reis, a política econômica mercantilista e o poder político da Igreja Católica. A crise do Antigo Regime foi acompanhada por um conjunto de novas idéias filosóficas e econômicas. As idéias filosóficas defendiam a liberdade de pensamento e a igualdade de todos os homens diante das leis. As idéias econômicas defendiam a prática da livre iniciativa.


B. O Movimento Iluminista


Tal como o Renascimento, o movimento iluminista tinha como pilar o racionalismo. Essa manifestação cultural ocorreu durante durante o auge do regime absolutista, nos séculos XVII e XVIII. O iluminismo começou na Inglaterra, mas foi na França onde surgiram os maiores eluministas. Essa filosofia serviu de pilar para os americanos do norte em sua luta pela independência, aos franceses na luta contra o absolutismo e ainda aos líderes da América Latina em seus movimentos de Independência.
O Iluminismo representou, na verdade, a culminancia de um processo que começou no Renascimento, quando a razão se impôs como método de conhecimento do mundo. Os iluministas consideravam a razão indispensável ao estudo dos fenômenos naturais e sociais. Até a crença religiosa devia ser racionalizada. Eles eram deístas, istoé, acreditavam que Deus está presente na natureza, portanto também no próprio indivíduo, que pode descobri-lo por meio da razão. Assim, a Igreja e seus dogmas tornavam-se dispensáveis. Os iluministas a criticavam por sua intolerância, ambição política e pela inutilidade das ordens monásticas e a corrupção do clero e combatiam o pensamento da Igreja, na medida em que ele se opunha à evolução da sociedade burguesa e da economia capitalista.
Os filósofos franceses do século XVIII eram também contrários à teoria que defendia o direito divino dos reis. Segundo eles, os direitos do soberano não vinha de Deus, mas de seus próprios súditos. Defendiam o direito do povo participar da política e afirmavam que o rei tinha por obrigação garantir a liberdade nas atividades econômicas e preservar os direitos dos cidadãos, como a igualdade de todos perante as leis.
Em seus escritos, os pensadores iluministas insistiam: somente a partir do uso da razão os homens atingiriam o progresso, em todos os sentidos. A razão permite intaurar no mundo uma nova ordem, caracterizada pela felicidade ao alcance de todos. Universalidade, individualidade e autonomia eram as "palavras de ordem" desse novo projeto civilizatório proposto pelos filósofos.
A. Os três princípios básicos do ideário iluminista podem assim ser decodificados:
Universalidade - o projeto visava a todos os seres humanos, independentement de barreiras nacionais, étnicas ou culturais.
Individualidade - os seres humanos devem ser vistos como pessoas concretas e não apenas como integrantes de uma coletividade.
Autonomia - os homens estão aptos a pensar por si mesmos, sem a tutela da religião ou ideologia, e para agir no espaço público a fim de adquirir, por meio de seu trabalho, os bens e serviços necessários à sobrevivência material.
Evidentement, não podemos nos referir ao iluminismo como movimento homogêneo, pois foi acima de tudo uma mentalidade, uma atitude cultural e espiritual de filósofos, de burgueses, de intelectuais e até mesmo de alguns reis e rainhas.
Esse modo de pensar e de sentir difundiu-se por muitos países da Europa. Suas primeiras manifestações ocorreram na Inglaterra e na Holanda, a partir do século XVII, mas foi no século XVIII, na França, que a decadência do governo absolutista transformou as concepções filosóficas do iluminismo numa doutrina política e social.
Mas as ideias de revolução podem ser excluídas das propostas dos pensadores iluministas . Mesmo no caso da França, onde a revolução de 1789 proclamou o culto à Razão, não se pode afirmar que essas propostas trouxeram em seu bojo um projeto revolucionário. Ocorre que o projeto iluminista levou a burguesia a pensar criticamente a tradição cultural e o Estado e, a partir daí, propor a transformação da antiga ordem num mundo completamente novo, o mundo burguês. Os iluministas defendiam um Estado constitucional, ou seja, a existência de uma autoridade nacional central com poderes bem definidos e limitados e uma ampla margem de liberdade civil.
"(...) A liberdade de comércio, a abolição dos privilégios e das imunidades das outras duas classes (nobres e clero), a divulgação da cultura, a revisão dos sistemas fiscal etc..., são os motivos da flilosofia do século XVIII, mas são especialmente as aspirações da burguesia. Poder-se-ia afirmar que o Iluminismo é a filosofia do terceiro estado, mas não a filosofia do povo, em relação ao qual, pelo contrário, os philosofhes nutrem uma certa desconfiança, pelo menos enquanto não for realizada a sua educação. (...)"
(Bobbio,Norberto et al. Dicionário de Política.Brasilia,Ed. UnB.)
Movimento intelectual que tinha como fundamento a crença inabalável na Razão e na ideia de que o progresso do homem pode ser infinito, desde que o espírito humano, através do livre exercício de suas faculdades se liberte do emaranhado, de supertições, tolices, misticismo, ignorância, etc., a que até então estivera subordinado. A busca de uma nova concepção do mundo, essencialmente racionalista e baseada na existência de leis naturais que regem a dinâmica do universo, encontram-se na base da filosofia iluminista.
O fim do século XVIII assistiria a grandes transformações. O absolutismo feudal e aristocrático, baseado em privilégios, estava a caminho do desaparecimento. Uma nova classe capitalista e burguesa começava a se firmar.
B. Os Pensadores Iluministas
Podemos dividir os pensadores iluministas em dois grupos: os filósofos, que se preocupavam com problemas políticos; e os economistas, que procuravam uma maneira de aumentar a riqueza das nações.
John Locke ( 1632-1704)
"Segundo Tratado sobre o Governo"; "Carta a cerca da Tolerância";
Sobre a origem do Estado: Locke afirmava que os homens viviam em "estado natural", onde cada um, por conta própria, defendia os seus "direitos naturais" (vida, liberdade e propriedade). Com otempo, foi necessário organizar a "sociedade civil". Dessa forma, a própria sociedade, com a finalidade de defender e prservar seus interesses, delegou poderes aos governantes, cuidando entretanto, de limitar a ação do Estado.
Para Locke, o ideal de governo seria o parlamentarismo.
Montesquieu ( 1689-1755)
"O Espírito das Leis." " As Cartas Persas"
Favorável à Monarquia Constitucional, celebrizou-se com a "teoria dos freios e contrapesos" (divisão dos poderes), através da qual era necessário que o poder não se concentrasse nas mãos de apenas um indivíduo, pois havia uma tendência natural para o abuso do poder. Assim, o poder devia ser contido pelo poder, através da divisão em executivo, legislativo e judiciário.
Voltaire (1694-1778)
"Cartas Inglesas" ; "Dicionário Filosófico"
Crítico mordaz da igreja. Pelo conteúdo de suas obras foi perseguido, exilado e preso várias vezes. Ataca o absolutismo e elogiou a liberdade existente na Inglaterra, condenou os abusos dos sacerdotes,era anticlericalista. O monarca absolutista era benéfico à nação, desde que ele cultuasse a ciência e estivesse aberto ás reformas propostas pelos filósofos iluministas. Por esse motivo, ele exerceu grande influência junto a certas cortes européia, no século XVIII, principalmente entre aqueles cujos monarcas eram adeptos do despotismo esclarecido.
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)
"Do Contrato Social"; "Discurso sobre a linguagem e os fundamentos da desigualdades entre os homens"
Condiderado o "pai da democracia", destacou-se propondo a soberania popular. era favorável à participal do povo na vida pública, por meio da eleição de seus representantes pollíticos. Defendia a necessidade de reformas sociais que proporci9nassem maior justiça entre os homens e criticava a nobreza e a burguesia que, para preservar seus bens particulares, oprimiam o restante da sociedade. Para Rousseau, a minoria só tem um direito: o de concordar com a maioria. O ideal de governo seria a República.
Com Locke, Montesquieu e Voltaire temos a Teoria Liberal (burguesa) e com Rousseau temos a Teoria Democrática (popular).
C. OS ECONOMISTAS DAS LUZES
A. Os Fisiocratas
A palavra fisiocracia deriva do grego que significa "governo da natureza". Os principais fisiocratas franceses foram Quesnay e Gournay. Defendiam a liberdade de mercado, opondo-se a toda e qualquer regulamentação da economia pelo Estado. Defendiam, assim, posição oposta à do mercantilismo. Para eles, a economia não deveria ser dirigida. A intervenção do Estado só se justificaria se fosse para garantir seu livre curso.
Segundo os fisiocratas, entre as leis naturais que regem os fenômenos econômicos, a mais importante é "a lei da oferta e da procura". De acordo com essa lei, se a oferta de um produto for muito grande, seu preço cairá. Mas se a oferta for pequena, seu preço tenderá a subir. Segundo eles era antinatural estabelecer preços, determinar o que os empresários deveriam produzir, controlar a produção. A frase que melhor exprime o pensamento desses economistas é Laissez-faire, laisssez-passer, que significa "deixai fazer, deixai passar" Ou seja, deixe os agricultores e os empresários agirem com liberdade, que tudo correrá em ordem na economia.
B. Liberalismo Econômico
Adam Smith, de origem escocesa, foi um dos mais importantes discípulos dos fisiocratas. Desenvolvendo as ideias básicas dos economistas franceses, Adam Smith elaborou a teoria econômica que ficou conhecida como Liberalismo. Em sua obra A riqueza das nações, ele propunha o fim dos monopólios e da política mercantilista. Com o livre comércio, as trocas aumentariam e consequentemente a atividade industrial se desenvolveria.
Ao contrário dos fisiocratas, que afirmavam ser a agricultura a fonte da riqueza, Adam Smith dizia que só o trabalho- sem intervenções e guiado pela natureza- criaria riquezas.
Princípios do liberalismo:
a) existencia de leis naturais em economia, como por exemplo, a lei da oferta e da procura.
b) livre concorrência e livre cambismo;
c) defesa da propriedade privada;
d)liberdade de contrato;
e)combate ao mercantilismo;
f)divisão internacional do trabalho.
D. ENCICLOPÉDIA
O filósofo Denis Diderot e o matemático Jean le Rond d'Alembert organizaram uma grande obra científica com o propósito de sintetizar os principais conhecimentos acumulados pela humanidade, nas diversa áreas do saber. Essa obra- redigida por mais de cem colaboradores - recebeu o nome de Enciclopédia e foi publicada, o primeiro volume em 1751 e o último em 1772. Eram 33 volumes. Todos os autores criticavam a corrupção do clero, negavam a origem divina atribuida ao poder dos reis e defendiam o direito de os cidadãos poderem fazer críticas a seus governantes.
E. O DESPOTISMO ESCLARECIDO
O despotismo esclarecido caracterizou-se como uma tentativa de modernização desses países, mantendo, na essência, uma política absolutista. Um conjunto de nações com economia tipicamente agrária, com pequeno desenvolvimento comercial e baixo índice de urbanização, seria o palco onde se desenvolveria essas tentativas, procuraram adequar as estruturas econômicas de seus países ao capitalismo que começava a se impor.Criaram uma legislação favorável ao comércio e á produção manufatureira. O objetivo era fortalecer a burguesia, onde a economia ainda era muito agrária. Criaram também escolas laicas, ou seja, não religiosas. Além disso, decretaram a liberdade de culto em seus reino, a fim de reduzir os privilégios do clero católico.
No entanto, o regime de servidão, que submetia a grande massa de camponeses à exploração de seus senhores, não foi abolida na maioria dos países.
Frederico II, rei da Prússia (1740-1780), tornou obrigatório a instrução primária em seu país, e Catarina, a Grande, da Rússia (1762-1792), garantiu liberdade religiosa para seu povo. Esses dois soberanos empenharam-se numa política externa expansionista. Frederico conquistou parte Áustria e da Polônia, enquanto a czarina incorporava a seu imério uma vasta porção da Europa oriental, da Polônia à Turquia.
Mas apenas o rei da Áustria, José II (1780-1790), prontificou-se de fato, a reformar a estrutura da sociedade sob seu governo. Aboliu a servidão nos campos, deu liberdade de culto e emprego aos não-católicos e uniformizou a cobrança de impostos no Império Austríaco. Além disso, conficou as propriedades de conventos.
Em Portugal, o ministro marquês de Pombal, e na Espanha, o ministro Aranda, adotaram uma diretriz política semelhante: perseguiram a nobreza e o clero com objetivo de fortalecer a monarquia e procuraram estimular o crescimento econômico de seus países.
Os déspotas esclarecidos não perceberam, porém, a grande contradição que impedia a realização de seus intentos: admitiam as ideias da ilustração, emanadas da burguesia, mas tentava concretizá-las sem a sua participação. Tentavam reformar o Estado pelo próprio Estado, através de uma política autoritária e paternalista, tamando medidas de caráter liberal, mas impedindo qualquer participação popular. "tudo pelo povo, sem o povo" era o lema dos déspotas esclaredidos. Não obtiveram sucesso: pressionados pela nobreza e sem o apoio da burguesia, foram derrubados do trono ou obrigados a voltar atrás em suas reformas.
Além de fornecer o respaldo ideológico para a atuaçã dos déspotas esclarecidos, o iluminismo influenciou ainda no decorrer do século XVIII, a independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa. Estas, por sua vez, impulsionaram a Revolução Industrial, que iniciada no século XVIII, na Inglaterra ganharia o continente europeu e os Estados Unidos no século XIX.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

A Revolução Inglesa

Conceito: Revolução liderada pela burguesia e pela "gentry" que lançaram as bases para a  consolidação de uma nova ordem política ( Monarquia Parlamental) e econômica ( desenvolvimento do capitalismo).

Antecedentes

Absolutismo na Inglaterra

Os prolongados conflitos da Guerra dos Cem Anos e da Guerra das Duas Rosas (luta entre as famílias York e Lancaster, que durou de 1450 a 1485 deixaram a nobreza da Inglaterra enfraquecida. O rei pôde então tomar o poder e estabelecer o absolutismo. Para tanto, contou com o apoio da burguesia comercial.

Dinastia Tudor

Henrique VII  ( 1485-1509)
Henrique VIII ( 1509-47)
Eduardo V  ( 1547-53)
Maria I   ( 1553-58 )
Elizabeth I  ( 1558-1603 )

Principais acontecimentos


Dinastia Stuart
Jaime I   ( 1603-25)
Carlos I  ( 1625-49)
Carlos II ( 1660-85)
Jaime II  ( 1685-88)

Principais acontecimentos

  • A dinastia era adepta da Teoria do Poder Divino dos Reis e acentuava o absolutismo na Inglaterra, entrando em choque com o Parlamento, dominado pela "gentry" e pela burguesia, que defendia a limitação do poder real. 
  • Jaime I, com o objetivo de atrair a nobreza, prezou mais doutrina católica doque a calvinista na Igreja Anglicana. Assim, a burguesia fundou a Igreja Presbiterriana.
  • Em 1628, durante o reinado de Carlos I, o Parlamento, visando limitar o poder real, determina que o rei não poderia criar impostos, convocar exército e prender pessoas sem prévia autorização parlamentar. Era a Petição de Direitos. O rei indignado fecha o Parlamento.
  • Em 1640, Carlos I convocou o Parlamento para conseguir recursos para a guerra contra a Escósia. O Parlamento aproveita para reduzir os poderes monárquicos, proibindo o rei de dissolvê-lo. Carlos I declara guerra ao Parlamento dois anos depois. Inicia a guerra civil na Inglaterra. 

Revolução Puritana

Na Inglaterra, os calvinistas eram chamados de puritanos . A religião era popular sobretudo entre os ex-camponeses e os pequenos burgueses, que andavam descontentes à época. Os primeiros haviam sido expulsos das lavouras durante os cercamentos, ocorridos ainda no fim da Idade Média, quando os nobres substituíram a agricultura auto-suficiente pela lucrativa criação de ovelhas, que alimentava as manufaturas de lã. E os pequenos burgueses reclamavam por não ter acesso à exportação, cujo monopólio era concedido pelo rei a uma parcela restrita de comerciantes.
Mas o puritanismo - que conflitava com a doutrina oficial do reino, o anglicanismo - também crescia junto ao Parlamento, tornando cada vez mais uma ameaça às pretensões absolutistas da dinastia Stuart.
As tensõesa evoluíram para uma guerra civil durante o reinado de Carlos I, em 1640. O Parlamento organizou um exécito popular liderado por Oliver Cromwell, um puritano oriundo da pequena burguesia. A alta nobreza ficou do lado do rei. Os combates estenderam-se até 1649. Carlos I foi executado, a monarquia, abolida, e instalou-se a República Puritana, liderada por Cromwell
Nacionalista, uma de suas principais medidas foi a promulgação dos Atos de Navegação, em 1651,  segundo os quais somente embarcações inglesas poderiam transportar mercadorias procedentes ou destinadas à Inglaterra, o que alavancou a economia do país. Fortalecido, Cromwell dominou o Parlamento, dissolvendo-o mais de uma vez, e governou como ditador até a morte, em 1658.

Revolução Gloriosa

Ao fim do governo de Cromwell, a ditadura já estava abalada. Seu filho, Ricardo, incapacitado de manter um governo estável, desistiu do cargo. Para evitar novos conflitos, decidiu-se pelo retorno da monarquia. Os Stuart voltaram ao poder, com Carlos II, coroado em 166o.
Contemporâneo do francês Luís XIV, soberano que levou o absolutismo ao seu máximo, Carlos II quis impor um regime semelhante na Inglaterra. Seu sucessor, Jaime II, que assumiu trono em 1685, tinha as mesmas pretensões. Além disso, havia se convertido ao catolicismo, o que o tornava ainda mais impopular. Burgueses e parlamentares reagiram: ofereceram a Coroa inglesa ao holandês Guilherme de Orange, genro de Jaime II. Em troca, pediram a manutenção do anglicanismo e a liberdade do Parlamento.
Em novembro de 1688, Guilherme desembarcou na Inglaterra e não encontrou resistência, sendo coroado como Guilherme III. Para consolidar a supremacia legislativa, o Parlamento promulgou a Declaração de Direitos ( Bill of Rights ), que limitou fortemente a atuação do rei. O absolutismo foi definitivamente abolido na Inglaterra, sendo substituído por uma monarquia constitucional.
A grande beneficiada pelas revoluções inglesas do século XVII foi a burguesia, especialmente a parcela dedicada à atividades manufatureiras. Ela pôde ver, a partir de então, ruir as restrições mercantilistas, típicas do período absolutista, e abrir-se o caminho para o desenvolvimento do capitalismo industrial, no século XVIII.
Parte  deste texto é extraido da revista História e Vestibular 2009, ed. abril

Para saber mais: http://www.youtube.com/watch?v=TkR-DbjOm_Y
                          http://www.youtube.com/watch?v=ZYelZTa7Lvc&NR=1
                          http://www.youtube.com/watch?v=FE45h_sMCtg&feature=related