terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Reforma Protestante

Renascimento e Reforma:http://www.youtube.com/watch?v=rojQQKLS89c&feature=related  outro: http://www.youtube.com/watch?v=-RWdgItYPj4&NR=1

A Reforma Protestante foi um movimento religioso de adequação aos novos tempos,ao desenvolvimento capitalista; cuja idéia no primeiro momento era de que a igreja católica acompanhasse os novos tempos.

Os fatores que desencadearamPodemos definir a Reforma como o movimento que rompeu a unidade religiosa na Europa Ocidental, dividindo os cristãos em católicos e protestantes. Com isso a igreja católica perdeu o monopólio que tinha sobre a religião cristã na Europa, pois os movimentos reformistas deram origem a novas organizações religiosas,novas igrejas denominadas genericamente de protestantes.
Uma das mais importantes causas da Reforma foi o humanismo evangélico, crítico da igreja da época. A igreja havia se afastado muito de suas doutrinas originais e de seus princípios, como a pobreza, a retidão e a simplicidade. No século XVI, o catolicismo era uma religião de pompa, luxo e ociosidade. Surgiram críticas em livros como Elogio da Loucura (1509), de Erasmo de Roterdã, que se transformou na base para que Martinho Lutero, rompesse com a igreja católica e fundasse a igreja luterana.
Moralmente, a igreja estava em decadência: aparentava preocupar-se mais com as questões políticas e econômicas do que com as questões religiosas. Para aumentar suas riquezas, recorria a vários expedientes,como,por exemplo, a venda de cargos eclesiásticos, de relíquias e, principalmente, das indulgências: a igreja garantia a comutação parcial ou total das penas devidas pelos pecados, em troca de uma soma em dinheiro. A venda de indulgências na Alemanha foi a causa imediata da crítica de Lutero e de seu rompimento com a igreja católica.
Outro fator importante para o início e a expansão da Reforma foi de orfem política. O processo de afirmação das monarquias nacionais alimentou o sentimento de nacionalidade das pessoas que habitavam uma mesma região, falavam a mesma língua e se identificavam com seu governante. A autoridade do rei, em cada país que se constituía, passou a entrar em conflito com o poder tradicional da igreja. Esse conflito se manifestava na arrecadação de taxas e impostos, na administraçaõ da justiça, na nomeação das autoridades religiosas, particularmente dos bispos. Tudo isso motivou o declinio da autoridade papal, pois o rei e a nação passaram a ter mais importância que o universalismo da comunidade cristã.
A ascensão da burguesia foi um fator também importante. Além do papel decisivo que essa classe representou na formação das monarquias nacionais e no pensamento humanista, foi fundamental na Reforma religiosa. Na doutrina católica tradicional, o comércio, a acumulação de dinheiro, os empréstimos a juro, a busca do lucro eram associados ao pecado e sempre colocados sob suspeita. A igreja estava identificada com a sociedade feudal, na qual a forma de riqueza preponderante, de forma quase absoluta, era a terra. A sociedade capitalista que nascia, promovendo o surgimento e a ascensão da burguesia, tinha na igreja católica um obstáculo ao seu desenvolvimento. A Reforma significou, nesse aspecto, a elaboração de doutrinas religiosas que, sem deixarem de ser cristã, estavam mais adequadas às atividades e aos interesses burgueses.
Pensamento filosófico da Idade Média
Durante a Alta Idade Média, o grande teólogo foi Santo Agostinho(354-430), um dos doutores da igreja, reponsável pela síntese entre a filosofia clássica - a platônica - e a doutrina cristã. Segundo a teologia agostiniana, a natureza humana é, por essência, corrompida, estando na fé em Deus a remissão, a salvação eterna. As principais obras de Santo Agostinho são Confissões e Cidade de Deus. Conforme a teoria da predestinação e da , de Agostinho, todos os homens nascem com seu destino traçado, para o bem ou para o mal. Assim, os reformadores basearam sua idéias na antiga teologia de Agostinho. Para alguns reformadores, os "escolhidos" de Deus ( ou seja, predestinados a serem salvos) seriam aqueles dotados de uma fé extrema. Outros defendiam que os escolhidos seriam aqueles dotados de bens materiais, com sucesso nos negócios, tidos como"sinais" de sua predestinação. Essa última alternativa confortava a burguesia, que enriquecia cada vez mais, mas via seus lucros sendo considerados pecaminosos pela igreja católica.
Essa visão pessimista em relação à natureza humana foi substituida na Baixa Idade Média por uma concepção mais otimista e empreendedora do homem, com a filosofia escolástica,criada por Tomas de Aquino(1225-1274), inspirado na teologia cristã e no pensamento de Aristóteles, elaborou a Suma Teológica, onde procurou harmonizar razão e fé, partindo do pressuposto de que o progresso do ser humano dependia não apenas da vontade divina, mas do esforço do próprio homem. Essa atitude refletia uma tendência à valorização dos atributos racionais do homem, não devendo existir conflito entre fé e razão, pois ambas auxiliavam o homem na busca do conhecimento. A igreja de Roma seguia a teologia de São Tomás de Aquino (tomismo), que defendia o princípio do livre-arbítrio( em oposição a predestinação de Agostinho), ou seja, a concepção de que cada indivíduo escolhe entre a sua salvação ou o caminho da perdição. Assim, o tomismo dava ao homem o poder de fazer o bem e evitar o mal, cabendo aos sacerdotes a tarefa de fornecer os sacramentos e orientar seus fiéis na escolha do caminho da salvação. Embora aceitasse as atividades comerciais, o tomismo - a doutrina escolática de Tomás de Aquino - reprovava a "ambição do ganho", considerando como pecado a usura ( empréstimo de dinheiro a juros) e qualquer transação em que os comerciantes obtivessem "mais do que o justo pelo seu trabalho".
Os precursores da Reforma

Antes que as críticas à igreja e a tendência à separação de parte de seu clero ganhassem feições mais definidas, alguns intelectuais apresentaram, durante os século XIV e XV, uma série de denúncias sobre o comportamento imoral de membros da igreja visando conter os seus abusos e torná-la mais próxima dos fiéis.

John Wyclif (1330-1384), professor da Universidade de Oxford, atacou severamente o sistema eclesiástico, a opulência do clero e a venda de indulgências, insistindo em que as Sagradas Escrituras eram a verdadeira fonte de fé. Wyclif pregava ainda o confisco dos bens da igreja na Inglaterra e a adoção pelo clero dos votos de pobreza material do cristianismo primitivo.
John Huss (1369-1415), professor da Universidade de Praga, corroborou as afirmações de Wyclif, associando o reformismo religioso ao anseio de independência nacional da Boêmia diante do domínio germânico do Sacro Império. Depois de os hussitas ganharem muitos seguidores e servirem de estímulo à chama nacionalista que produziria sucesivas lutas regionais, John Huss acabou sendo preso, condenado e morto na fogueira.



Reforma começou na Alemanha

No século XVI, a Alemanha não era, um Estado politicamente centralizado. Na ausência de um poder central efetivo, apesar da existência de um imperador, fazia com que a nobreza fosse muito poderosa e autônoma. Cada princípe ou senhor local conservou os seus poderes de origem feudal, como de cunhar moedas, fazer justiça e recolher taxas e obritações servis. Além disso, os nobres alemães conservavam uma prática típica do espírito guerreiro medieval, altamente prejudicial ao comércio: o saque. Mercadores em trânsito e camponeses eram constantemente expropriados.A burguesia alemã, comparada à de outros paises da Europa, era debil. Os comerciantes e banqueiros mais poderosos estavam estabelecidos no sul, às margens do Reno e do Danúbio, por onde passavam as principais rotas comerciais, onde se produzia e se exportava vidro e papel. Era uma região também importante do ponto de vista financeiro, com grandes financistas que emprestavam dinheiro a juros, dinamizando as atividades econômicas.

Quem se opunha à igreja na Alemanha

A igreja católica alemã era muito rica. Seus maiores d0mínios se localizavam às margens do Reno, chamado de "caminho do clero". Esses territórios alemães proporcionavam grandes rendimentos à igreja. Ela era uma verdadeira senhora feudal, se apropriando de grande parte da riqueza produzida pelos camponeses. Assim, o clero, principalmente os que ocupavam altos postos na hierarquia da igreja, eram identificados com a nobreza espoliadora e opressora.
A burguesia também se sentia oprimida pela igreja, na medida em que esta pregava uma doutrina que colocava as atividades dessa nova classe social sob suspeita constante de pecado.Os senhores feudais alemães, principalmente a nobreza decadente, em uma economia mercantil em desenvolvimento, tinham dificuldades em manter o estilo requintado de vida ao qual estavam acostumados. A disputa pela terra e pela renda dos camponeses se tornou acirrada na Alemanha. Os camponeses eram cada vez mais oprimidos: pela igreja, pela nobreza e até pelos burgueses que emprestavam dinheiro a juros. As imensas e rendosas terras da igreja naturalmente despertavam a cobiça dos nobres e o sonho de uma vida melhor para os camponeses. Assim, às vésperas da Reforma, a luta de classes assumia um caráter de disputa religiosa na Alemanha.
Reforma Luterana: a salvação não se alcança pelas obras, mas somente pela fé
Lutero iniciou suas pregações na Universidade na Saxônia, defendendo a doutrina da salvação pela . Em 1517, revoltado com a venda de indulgências pelo dominicano João Tetzel, fixou na porta de sua igreja as 95 teses, onde criticava o sistema clerical dominante e apresentava sua nova doutrina.Essas teses foram distribuidas por todo o país, recebendo apoio da população.



Algumas das 95 teses de Lutero:

  1. "21. Erram os pregadores de indulgências quando dizem que pelas indulgências do papa o homem fica livre de todo o pecado e que está salvo.27. Enganam os homens que dizem que, logo que a moeda é lançada na caixa a alma voa(do Purgatório).33. Deve-se desconfiar daqueles que dizem que as indulgências do papa são um inestimável dom divino pelo qual o homem se reconcilia com Deus.36. Qualquer cristão verdadeiramente arrependido tem plena remissão do castigo e do pecado;ela é-lhe devida sem indulgências.86. Por que é que o papa(...) não constrói a Basílica de São Pedro com seu próprio dinheiro e não com odas suas ovelhas?
Iniciava-se, assim, a longa discussão entre Lutero e as autoridades católicas, que terminou com a decretação de sua excomunhão, em 1520. Para demonstrar firmeza e descaso diante da igreja católica, Lutero queimou em praça pública a bula papal Exsurge domine, que o condenava. Com o poio das classes ricas (nobreza e alta burguesia), Lutero conseguiu divulgar sua doutrina religiosa pelo norte da Alemanha, na Suécia, Dinamarca e Noruega.A nova doutrina luterana, a partir da Confissão de Augsburgo, assumia alguns princìpios de Santo Agostinho, como o da predestinação e a "justificação pela ". Para os luteranos a Bíblia era autêntica base da religião e, portanto, o culto devia reduzir-se à leitura e ao comentário das Sagradas Escrituras. Além disso, defendiam que apenas as prática instituídas por Cristo e por ele transmitidas no Novo Testamento é que deveriam ser conservadas.
Dessa maneiro, dos sete sacramentos defendidos pela igreja católica, apenas dois foram reconhecidos pelos luteranos: o batismo e a eucaristia. Não aceitaram mais o culto à virgem e aos santos e negaram a existência do purgatório. Nos cultos passou-se a usar a língua naciona em vez do latim. Os ministros protestantes podiam casar e ter filhos. Além disso, o luteranismo assumiu uma postura de não-intervenção direta na política do Estado, separando o poder espiritual do temporal.

Reforma Calvinista: a salvação depende da escolha de Deus.

Inspirado no luteranismo alemão, o francês João Calvino publicou, em 1536, uma obra chamada Instituição Cristã, na qual apresentou os pontos centrais do que, mais tarde, viria a constituir-se na doutrina calvinista. Esta obra foi uma resposta de Calvino a Francisco I, rei da França, que perseguira os luteranos franceses. Passado algum tempo, Calvino acabou sendo expulso da França.Suas pregações obtiveram rápido sucesso, primeiramente na Suíça, área que tinha se separado do Sacro Império Romano Germânico (1499) e que vivia em meio aos conflitos dos partidários dos protestantes e seus opositores. Em 1541, Calvino foi convidado a assumir a posição absoluto e intransigente. Calvino criou o Consistório, órgão que controlava a política, a economia e os costumes dos seus cidadãos, além de punir as transgressões.
O culto e as práticas religiosas estabelecidos pelos calvinistas eram simples e rigorosos, resumindo-se apenas no comentário da Bíblia, nas preces e nos cantos. Exigia-se que os fiéis se apresentassem e se comportassem de maneira discreta e sóbria. Como no luteranismo, também não se admitiam imagens. Os pastores não eram tidos como intermediário entre Deus e os homens, mas simples fiéis, encarregados da pregação. Na vida em sociedade, os fiéis estavam proibidos de dançar, jogar cartas, ostentar sua riqueza ou ficar fora de casa depois das nove horas da noite.

Calvino via no sucesso econômico um reflexo da predestinação do indivíduo:mercadores, banqueiros e artesãos eram vistos como os escolhidos para a salvação eterna. Dessa maneira, a miséria era uma demonstração dos males e dos pecados do homem, devendo ser combatido: os que não alcançassem sucesso econõmico eram então marginalizados. Reconhecendo e exaltando o lucro e o trabalho(até então o trabalho manual era visto como algo reservado apenas para servos e escravos),Calvino passou a ser considerado o pregador espiritual do ideal burguês, conseguindo rápida aceitação entre a burguesia. Correspondendo aos interesses da burguesia, o calvinismo espalhou-se por países onde se expandia o capitalismo, como França, Inglaterra, Escócia e Holanda. Assim, essa linha de pensamento serviu como uma resposta à nova sociedade comercial que já não se identificava mais com algumas exigências do catolicismo, mas que não queria abrir mão de sua espiritualidade, pois a visão do céu e do inferno difundida na Idade Média, bem como o temor dos castigos deteminados por Deus, continuava bastante presente.

Reforma Anglicana: o rei torna-se chefe da igreja inglesa

Henrique VIII (1509-1547), rei da Inglaterra, tinha sido um fiel aliado do papa, recebendo o título de Defensor da Fé. Entretanto, uma série de questões políticas e econômicas o levaram a romper com a igreja católica e a fundar uma igreja nacional na Inglaterra, isto é, a Igreja anglicana. A igreja católica exercia grande influência política na Inglaterra. Para fortalecer o poder da monarquia inglesa, Henrique VIII percebeu que era preciso reduzir a influência do papa dentro da Inglaterra. Além disso a igreja era dona de grande parte das terras e monopolizava o comércio de relíquias sagradas. E a nobreza capitalista inglesa queria apossar-se das terras e dos bens da igreja. Para isso era preciso apoiar o rei, a fim de enfraquecer os poderes da igreja católica.

Casado com a princesa espanhola Catarina de Aragão, Henrique VIII teve com ela uma filha para sucedê-lo no trono. Entretanto estava bastante descontente com seu casamento. Primeiro devido à origem espanhola de sua esposa, já que a Espanha era inimiga da Inglaterra. Segundo, porque desejava um herdeiro masculino e pretendia casar-se com Ana Bolena. Como Catarina era tia de CarlosV, imperador do Sacro império Romano-Germânico, então em guerra comtra Lutero, o papa não concedeu a anulação, a fim de não entrar em choque com Carlos V, seu aliado religioso. Inconformado, em 1534, Henrique rompeu oficialmente com a igreja de Roma publicando, pelo Parlamento, o Ato de Supremacia, documento por meio do qual tornava-se chefe da igreja na Inglaterra. Excomungado pelo papa, Henrique VIII, em represália, confiscoou os bens da igreja católica na Inglaterra. Criava-se a igreja anglicana, mas nada foi modificado en termos de doutrina e culto em relação à católica.
Após a fundação da igreja anglicana ocorreram, nos governos dos sucessores de Henrique VIII, tentativas de se implantar o calvinismo e também uma reação católica. Somente no reinado de Elizabeth I (filha de Ana Bolena) consolidou-se a igreja anglicana, com a mistura de elementos do catolicismo e calvinismo.


Principais resultados do movimento reformista

1.Enfraqueceu o poder político da igreja católica.
2.Aumentou o poder dos reis, que deixaram de sofrer a interferência do papa nos assuntos nacionais.
3.Fortaleceu os burgueses, principalmente com a difusão das idéias calvinistas que justificavam seus lucros.
4.Difundiu a instrução religiosa, pois os protestantes passaram a ler a Bíblia(traduzida em alemão por Lutero e em fracês por Calvino) e os católicos a aprofundar seus conhecimentos sobre a doutrina da igreja.
5.Estimulou a participação dos fiéis nos cultos religiosos.
6.Deu origem a conflitos religiosos entre os católicos, que queriam manter seu poder, e os protestantes, que pretendiam aumentar sua influência. Na França, por exemplo, houve a Noite de São Bartolomeu(1572), ocasião em que mais de 30.000 protestantes foram assassinados por católicos. Frequentemente, esses conflitos foram manobrados por chefes de governo, para servirem a seus interesses políticos e econômicos.
7.Provocou o surgimento, em alguns casos, de idéias mais radicais referentes à reorganização da sociedade, de acordo com a "justiça de Deus". Isso aconteceu principalmente na Alemanha, onde um grupo de camponeses liderados por Thomas Munzer, além de pretender a volta a uma igreja primitiva, queriam a abolição da propriedade privada e a intalação de um regime comunitário de propriedade da terra. Não tiveram o apoio de Lutero, e a revolta camponesa, que pretendia implantá-las, foi duramente reprimida pela nobreza. Tanto Lutero quanto os nobres queriam apenas uma reforma religiosa e não uma revolução social.
8.Fez surgir a Contra-Reforma.


Contra-Reforma: a reação católica ao movimento protestante

Diante do avanço protestante, a reação inicial e imediata da igreja católica foi punir os principais rebeldes. Com isso, esperava que a idéia dos reformadores fossem sufocadas e o mundo cristão recuperasse a unidade perdida. A tática, entretanto, não deu bons resultados. O movimento protestante espalhou-se pela Europa, conquistando um número crescente de seguidores. Diante disso, teve início dentro do catolicismo um amplo movimento de moralização do clero e de reorganização da igreja, que ficou conhecido de Contra-Reforma. Vamos destacar algumas medidas que marcaram a Contra-Reforma:


1. A criação da Ordem dos Jesuítas
A Ordem dos Jesuítas ou Companhia de Jesus foi fundada pelo militar espanhos Inácio de Loyola, em 1534. Inspirados na estrutura militar, os jesuítas consideravam-se os soldados da igreja, cuja missão era combater a expansão do protestantismo. Entretanto, o combate deveria ser travado com as armas do espírito. Para tanto, Inácio escreveu um livro básico, chamado Os exercícios espirituais. Nele apresentava formas de converter o indivíduo ao catolicismo através de técnicas de contemplação. A principal estratégia dos jesuítas, no entanto, foi investir na criação de escolas religiosas. Outra arma utilizada foi a Catequese dos não-cristão. Isso os tornou o braço mais forte da igreja católica na expansão das nações modernas pelos novos territórios durante o período das grandes navegações. Além disso, monopolizaram as instituição de ensino de diversas regiões, difundindo a ideologia católica romana.

2. A realização do Concílio de Trento (1545-1563)

No ano de 1545, o papa Paulo III convocou um Concílio, cujas primeiras reuniões foram realizadas na cidade de Trento, na Italia. Ao final de longos anos de trabalho, o Concílio apresentou um conjunto de decisões destinadas a garantir a unidade da fé católica e a disciplina eclesiástica, como fori reafirmado os princípios tomistas do catolicismo, como o livre-arbítrio- ou seja, a crença em que a salvação é decorrente da conjugação da fé do indivíduo e das boas obras que realiza -, o culto dos santos e á mãe de Jesus, e a infabilidade do papa. Em contraposiçao, proibiu-se a venda de indulgências e, visando à melhor formação dos clérigos, determinou-se a criação de seminários e proibição da venda de cargos eclesiásticos.

3.Em Trento, também ficou estabelecido o fortalecimento do Santo Oficio da Inquisição como parte de sua estratégia de combate aos infiéis reformadores. O Santo Ofício servia, agora, para vigiar e normalizar a fé e a vida dos fiéis. A perseguição inquisitorial estendeu-se a todos os que, de acordo com seus critérios, pusessem em risco a fé em Cristo, não só os reformadores mas todos os suspeitos de heresias, desde homens comuns até membros do clero. Com na Idade Média, utilizaram-se tortura e julgamentos injustos,causando a morte de milhares de pessoas.




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Personagem: Martinho Lutero(1483-1546) - monge agostiniano e destacado teólogo, mostrava-se obsecado com o tema da salvação. Buscava compreender o ensinamento da igreja de que a salvação dependia da fé, das obras e da graça. As práticas defendidas pela igreja para se obter a salvação - as boas ações, as orações, o jejum,as peregrinações, a missa e os outros sacramentos - jamais haviam proporcionado paz de espírito a Lutero. O conceito de salvação pela fé parecia responder à sua busca espiritual. Afé, dada gratuitamente por Deus através de Cristo, proporcionaria a salvação. Com base nisso, Lutero concluiu que, por mais numerosas e necessárias que fossem, as boas ações não trariam a salvação. Para saber mais, muito interessante sobre a vida de Luterohttp://video.google.com/videoplay?docid=-4223717214932827277#

Henrique VIII(1509-1547) - rei da Inglaterra . A primeira esposa de Henrique VIII, Catarina de Aragão, era filha dos Reis Católicos da Espanha, Fernando e Isabel, e teve seis filhos, dos quais apenas a princesa Maria sobreviveu. Sem herdeiro do sexo masculino, o rei separou-se dela em 1531 para casar-se com Ana Bolena a qual deu à luz a futura rainha Elizabeth I. Acusada de adultério e incesto foi decapitada em 1536. O rei casou-se logo em seguida com Jane Seymour, a qual lhe deu o herdeiro que tanto ansiava, Eduardo, morrendo em seguida pelas complicações do parto. Com a morte desta terceira esposa, o rei casou-se novamente, desta vez com Ana de Cleves, em 1540, divorciando-se seis meses depois. No mesmo ano, Henrique VIII casou-se com Catarina de Howard, uma dama de honra da esposa anterior, a qual acabou escapitada devida às suaa aventuras extra-conjugais. O último casamento de Henrique, o sexto, foi com Catarina Parr, viúva duas vezes e que, com a morte do rei, encerrou sua terceira viuvz casando-se com um almirante da marinha real.